You are viewing the chat in desktop mode. Click here to switch to mobile view.
X
Alexandre Reis responde aos leitores
desenvolvido porJotCast
Alexandre Reis
4:55
Boa tarde. Sou o jornalista Alexandre Reis, enviado especial de Record ao Europeu de andebol da Hungria e Eslováquia e estou aqui para responder a todas as questões dos leitores sobre a Seleção e a competição que começa esta quinta-feira.
Rita
4:56
Boa tarde, Portugal tem aspirações a chegar até onde? Obrigado
Alexandre Reis
5:00
Depois do 6.º lugar no Europeu'2020, o próximo patamar é atingir as medalhas numa grande competição. Mas o atual contexto não é o melhor, após tantas lesões e condicionantes por causa da Covid-19. Se Portugal passar a primeira fase com 4 pontos tudo é possível, mas existe prudência quanto a objetivos demasiado ambiciosos.
Eduardo
5:00
Qual acha que pode ser o 7 inicial que pode dar mais garantias ao selecionar?
Alexandre Reis
5:03
Na Seleção não existe propriamente um Sete Inicial. Mas se for Portugal a atacar após o apito, penso que será uma equipa apostada no sete contra seis, com o central Rui Silva, Fábio Magalhães, Gilberto Duarte, Diogo Branquinho, António Areia, Victor Iturriza e Tiago Rocha.
David
5:03
Qual o grande favorito a ganhar o Europeu?
Alexandre Reis
5:04
Há três. A França, campeã olímpica, a Espanha, bicampeã europeia, e a Dinamarca, campeã mundial
David
5:04
Que jogadores podem brilhar a nível internacional?
Alexandre Reis
5:06
Não se sabe muito bem como muitos dos astros vão chegar ao Europeu. Nikola Karabatic (França) é a estrela maior da competição, mas há muitos mais que são candidatos a MVP.
Luís
5:06
Como está a ser a organização da prova devido ao Covid?
Alexandre Reis
5:11
Tem sido algo muito complicado e com algumas contradições. Numa primeira fase, as exigências eram superiores às recomendações da Saúde Pública. A EHF baixou a fasquia, mas os constantes testes PCR, dia sim, dia não, às comitivas, jornalistas, etc., tornam a prova incaracterística. Tem havido até ao momento queixas das seleções da falta de distânciamento das equipas em relação aos clientes dos hotéis onde estão alojadas. Depois, vamos ter daqui a pouco um jogo, entre Hungria e Holanda, num pavilhão com 20 mil pessoas, onde aos adeptos basta terem um certificado sanitário. Nada é garantido no que diz respeito à segurança sanitária.
Tiago
5:11
Portugal ficou muito afetado devido ao Covid?
Alexandre Reis
5:14
Foi muitíssimo afetado. Não houve jogos de preparação e houve fazes em que, praticamente, não haviam jogadores para treinar, por estarem infetados ou a cumprirem protocolo sanitário. Foi preciso à equipa técnica encontrar muita imaginação para tentar manter os Heróis do Mar competitivos, sendo uma grande incógnita para se saber qual a resposta que a equipa vai dar. O jogo de amanhã com a Islândia é fulcral.
Daniela
5:15
Há jogadores estrangeiros a atuar em Portugal que participam no Euro?
Alexandre Reis
5:16
Sim, na Sérvia, Petar Djordjic e Lazare Dukic (Benfica), na Alemanha, Djibril M'Bengue (FC Porto), na Espanha, Sergei Hernandez (Benfica). Nikola Mitrevski (FC Porto) acusou Covid-19 e foi excluído da Macedónia.
Eduardo
5:17
Tendo em consideração todo o contexto atual (lesões e covid), acha que o grande objetivo da seleção passa por apenas seguir para a fase final?
Alexandre Reis
5:19
O primeiro objetivo é passar a primeira fase e depois se verão as dificuldades (ou facilidades) que a equipa vai encontrar. É preciso não esquecer que muitas outras seleções também tiveram problemas, que muitas das vezes foram abafados.
Guest
5:24
Como se encontra o nosso adversaaaaaaaaaaA Islândia e
Alexandre Reis
5:30
Não se sabe muito bem a atual condição da Islândia, que na preparação se refugiou em Reikjavik, mas é uma equipa detentora de grandes tradições, com 12 presenças em Europeus, contra 7 de Portugal, e até já ganhou uma medalha de bronze em 2010. Tem um jogador de nível mundial, Aron Pálmarsson, que sabe desequilibrar. Portugal tem equilibrado o confronto direto nos últimos anos, mas vai ser uma autêntica final para as duas equipas, tendo em conta o favoritismo da Hungria no Grupo B, apoiada pelos seus adeptos.
Eduardo
5:31
Acho que um dos problemas na seleção e que também o FCP sentiu foi a falta que um GR de qualidade. Acha que alguma vez poderemos ter um GR português que possa fazer a diferença como o Quintana fazia?
Alexandre Reis
5:35
Quintana era na realidade um fora-de-série, com um estilo muito próprio e muito completo, conjugando a sua capacidade explosiva com a ocupação do espaço. Mas Portugal continua a ter guarda-redes de valor e com qualidade, sendo que muitos como Capdeville, Gaspar e Espinha, entre outros, continuam a crescer enquanto jogadores. Quintana também não surgiu completo da noite para o dia e quando chegou a Portugal havia quem dissesse que não tinha grande talento para o andebol. Mas ele contrariou os críticos, com trabalho e dedicação. Cada equipa tem de lutar com as armas que tem, rentabilizando a eficiência das suas pedras.
Eduardo
5:45
Acha que as seleções vão estar cada vez mais preparadas para o 7x6 que a seleção vai usar durantes os jogos? Qual pode ser o factor surpresa que poderemos apresentar para minimizar a falta de alguns jogadores nucleares?
Alexandre Reis
5:49
Penso que o sete contra seis será a aposta da Seleção para surpreender os adversários e não tanto a defesa. Contrariar o sete contra seis é sempre incómodo para qualquer seleção mais conservadora na conceção do andebol. E é um trunfo associado à subida de patamar de Portugal no panorama internacional.
Francisco
6:01
Boa tarde e votos de um bom 2022. Michael hansen conseguirá levar a  Dinamarca ao título? E relativamente a conta, sera mais difícil a islandia ou a hungria? Obrigado e vamos heróis do mar!!!
Alexandre Reis
6:06
O Mikkel Hansen é um jogador com atributos extraordinários, a defender, a marcar e a assistir, mas a Dinamarca vale essencialmente pelo seu conjunto, muito forte em todas as posições. Pode vencer qualquer grande prova. Quanto ao Grupo B, julgo que o jogo frente à Hungria será muito complicado perante o cenário expectável de 20 mil adeptos a puxarem pela equipa da casa. A Islândia será uma seleção mais acessível, apesar de no Europeu'2020 Portugal ter perdido com a Islândia e vencido a Hungria, mas o contexto agora é diferente.
Desejo também um bom ano aos leitores e saudações desportivas. Até auma próxima oportunidade.
Pedro
6:09
Obrigado Alexandre, foi muito enriquecedor tê-lo aqui
Alexandre Reis
6:09
Obrigado.
Conectando…