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Alexandre Reis responde aos leitores
desenvolvido porJotCast
Alexandre Reis
3:51
Olá boa tarde, sou Alexandre Reis, que acompanho normalmente a atualidade do andebol no Record e estou disponível para as perguntas dos leitores
Jorge Martins
3:52
Que França vamos ter ?
Alexandre Reis
3:55
A França tem sido a principal potência do andebol mundial, mas ultimamente tem desiludido. Não só no Europeu'2020, em que se ficou pela fase preliminar, como agora na qualificação para o Europeu'2022, em que perdeu na Sérvia e empatou em casa com a mesma seleção. Parece estar fragilizada, com uma geração de ouro que está a chegar ao fim, mas a qualidade dos seus jogadores podem ser capazes de tudo. Vai ser uma das grandes incógnitas deste Mundial e só com o decorrer da competição se poderá avaliar
Jose Miguel Fonseca
3:57
Não Acha que o Abel Hernandez poderia estar no lote de convocados para o Mundial por parte  do selecionador Paulo Pereira?
Alexandre Reis
3:58
O selecionador tem as suas ideias e acho que está bem servido para aquilo que pretende
Nuno
3:58
Olá Alexandre. Vários países já desistiram do Mundial devido à Covid-19. Há riscos de a prova ser interrompida devido à possibilidade de surgimento de vários casos?
Alexandre Reis
4:00
Ainda hoje na conferência de imprensa, perguntei ao paulo pereira qual o plano da Seleção em caso de Covid-19. Quem acusar positivo vai para casa... É claro que se as coisas piorarem, há o risco até de não ser possível realizar o Mundial. Mas com as atuais condições, de confinamento extremo, penso que quem chegar ao Egito negativo vai-se manter assim até ao final do campeonato
José Miguel Fonseca
4:01
Não acha que Abel Hernandez poderia estar no lote de convocados para o Mundial por parte do selecionador Paulo Pereira ?
Alexandre Reis
4:03
Já respondi
Jorge Martins
4:04
Vamos ter o Egipto a lutar por uma medalha ?
Alexandre Reis
4:07
Portugal demonstrou no último Europeu que pode ganhar a qualquer equipa. Mas a diferença entre o primeiro e o 10º classificado não é muito grande. Tendo em conta que a Seleção é cabeça de série, que pode sair para a Main Round com o máximo número de pontos, pode bem chegar às meias-finais, onde as medalhas podem ficar bem perto. Acredito que não será uma utopia pensar em chegar às medalhas, mas tem tudo de correr muito bem para Portugal e algumas coisas menos boas para outras seleções
Ana
4:07
Boa tarde. O selecionador nacional falou em medalhas. Não é um discurso demasiado ambicioso para quem chegou ao Mundial 'repescado?
Alexandre Reis
4:09
Acho que não é, porque quem fica em 6º lugar num Europeu, tem hipóteses de se chegar ainda mais à frente num Mundial. O Europeu é a prova rainha do andebol, mais forte que um Mundial ou Jogos Olímpicos, por isso sonhar alto não é nenhum pecado. Com ambição é que se atingem os objetivos
Diogo
4:13
Olá. Acha que Portugal vai estar no Mundial mais com a cabeça no torneio de apuramento olímpico do que propriamente em conseguir um bom resultado?
Alexandre Reis
4:15
Nesta altura, ninguém pensa na qualificação olímpica. Até porque ainda ninguém sabe como vai ser a evolução da pandemia. Todos os jogadores estão a estrear-se no Mundial e todos vão querer ganhar, todos vão querer dar tudo para seguirem em frente, o mais longe possível. Vivemos um contexto em que cada dia é um dia, pelo que temos de desfrutar dele. Esta equipa tem fibra e vai querer aproveitá-la
Armando
4:18
Boa tarde Alexandre. Considera ser esta a melhor geração do andebol português, ou foi a do Carlos Resende, do Mundial de 2003?
Alexandre Reis
4:24
Se analizarmos individualmente os jogadores, até parece que a geração de Carlos Resende era melhor. Por exemplo, Diogo Branquinho é melhor que Ricardo Andorinho? André Gomes é melhor que Carlos Resende? Alguém atualmente supera Filipe Cruz como lateral direito? As perguntas podem ser variadas. O que me parece que esta geração tem de mais valia em relação à anterior é que a base da Seleção, pertença do FC Porto, tem muito mais rotinas de altíssima competição que a geração anterior, com jogos na Liga dos Campeões e uma cultura de andebol mais avançada. Hoje, quem ataca, tem de defender, e nesse aspeto melhorámos bastante, com a naturalização de jogadores que dão peso e consistência na defesa, com características que os portugueses pouco têm. Depois, tudo é mais profissional, os jogadores têm um acompanhamento mais cuidado em todos os aspetos. Houve também a saída de muitos jogadores para o estrangeiro, que aprendem e ensinam os outros. No conjunto de todos os aspetos, penso que esta geração é mais forte.
Pedro Antunes
4:25
Com tantas ausências em cima de hora (seleções, mas também treinadores e jogadores) este Mundial irá refletir de facto a valia dos vários países neste momento?
Alexandre Reis
4:27
São contingências devido à pandemia. Mas a saída da República Checa, substituída pela Macedónia, e dos Estados Unidos, rendidos pela Suíça, vieram dar ainda mais qualidade a este Mundial. Claro que se uma das potências tiver de ir para casa, isso poderá tornar a vida mais fácil para as outras equipas. Mas é uma questão que para já não se coloca. Numa situação como a atual, a força mental será muito importante.
Rui Cardoso
4:27
Começar com a Islândia, depois de dois jogos consecutivos com eles, será benéfico ou prejudicial para Portugal?
Alexandre Reis
4:30
Penso que não será benéfico nem para Portugal, nem para a Islândia. Os dois conjuntos já se conhecem demasiado bem, pelo que a estreia no Mundial será um desempate após vitória para cada lado. Portugal não tem grandes recordações dos jogos com a Islândia, pelo que considero o adversário favorito. Mas esta equipa não pára de nos surpreender e tem capacidade para entrar a ganhar, o que poderá marcar o futuro do Mundial.
Inês Carmo
4:30
É justo dizer que, hoje em dia, Portugal é uma potência do andebol internacional?
Alexandre Reis
4:32
Portugal não é uma potência, mas tem cultura de andebol, talvez a modalidade coletiva com mais força a seguir ao futebol. Há boa formação, há bons clubes, um campeonato competitivo, com três equipas a lutar pelo título. Poucos têm o que Portugal tem. Sem ser uma potência, é um país com muita força na modalidade.
Filipe Brás
4:32
Com os campeonatos jovens parados, Portugal não corre o risco de ver interrompido um processo de formação de atletas que tem sido responsável por excelentes resultados?
Alexandre Reis
4:34
O rescaldo desta pandemia é imprevisível para todos. Portugal tem de saber minimizar as adversidades, tem de saber inventar, tal como todos os outros. É uma pergunta de difícil resposta, mas claro está que as perspetivas não serão as melhores. O que vale é que há muitos jovens já integrados nas equipas seniores, que poderão fazer valer essa experiência. Os outros países terão dificuldades idênticas.
Cândido Silva
4:34
Se Portugal tiver casos positivos nos jogadores será possível mandar para o Egito outros para os substituir?
Alexandre Reis
4:36
Sim, o grupo de convocados é alargado. E se algum acusar positivo e for para casa, pode ser chamado outro, claro a cumprir todos os protocolos sanitários, terá de ser testado à saída de Portugal e à chegada ao Egito.´A atual situação é muito constrangedora.
Pedro Rosendo
4:36
Quem é o melhor jogador (ou o mais influente) desta seleção?
Alexandre Reis
4:39
Tal como diz o selecionador Paulo Pereira, esta seleção não depende de nenhum jogador em especial, mas antes do conjunto. Portugal, na realidade, não tem nenhum jogador que se destaque, que seja uma grande estrela. Mas, aqui e ali, há quem faça a diferença, pode ser o guarda-redes Quintana, pode ser um pivô ou um ponta. Se a defesa estiver forte, será Quintana, se houver muito contra-ataque será um ponta. Gilberto Duarte é o baluarte da equipa, pela sua experiência em grandes clubes, mas esteve fora do Europeu'2020 e Portugal não se ressentiu. O forte da equipa é o seu coletivo e espírito de entreajuda.
Francisco
4:56
Boa tarde. A Seleção é composta na maioria por jogadores do FC Porto. Não há outros jogadores valiosos no campeonato nacional?
Alexandre Reis
5:02
O que se passa é que o FC Porto tem demonstrado uma estrutura muito mais forte que os outros clubes. Está na Liga dos Campeões, comparado com Sporting e Benfica tem alguns dos melhores jogadores portugueses e que jogam de olhos fechados. Os selecionadores têm pouco tempo para trabalhar, pelo que ao pegarem numa equipa base não têm tantos problemas em montarem um sistema eficiente. É um aspeto que não choca. Grande parte das seleções estão baseadas num clube, como a Espanha (Barcelona), França (PSG) ou Croácia (Zagreb), por exemplo. Não é por acaso que Paulo Pereira adota o sete contra seis no ataque, bem rotinado com o FC Porto. Neste sistema só usa atletas do FC Porto, porque sabem o que estão a fazer.
Flávio
5:07
Acha que a seleção de Portugal tem cubanos a mais ?
Alexandre Reis
5:12
Tem os que trazem mais valia à equipa, com características ímpares. Estamos no mesmo registo de outras seleções que também naturalizaram jogadores. Não temos pivôs portugueses como Alexis Borges, Victor Iturriza ou Daymaro Salina, com um potencial físico de grande valor. Foi pena não terem naturalizado um génio no andebol como Frankis Carol. No fundo, nasceram em Cuba, mas tem muitos anos de Portugal e vivem para o país. Numa sociedade global, esta realidade tem de ser aproveitada.
Guest
5:15
A que horas joga Portugal? Dá na TV?
Alexandre Reis
5:16
RTP2, Poretugal-Islândia, às 19h30
amanhã
Agradeço a curiosidade dos nossos leitores, espero ter correspondido. Um grande abraço e até à próxima oportunidade.
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