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Balanço da Volta a França
desenvolvido porJotCast
Ana Paula Marques
5:07
Boa tarde. Já estou disponível para falarmos sobre o que foi a Volta a França.
MÁRIO JESUS
5:12
Senhora Dª. Ana Paula Marques, qual o balanço que faz sobre a Volta a França?
Ana Paula Marques
5:14
Boa tarde. Foi uma prova bastante emotiva...até à última etapa de montanha, no Hautacam, nos Pirenéus, pois até aí a vitória estava em aberto. Depois disso, foi uma prova para cumprir o resto das etapas. Além da qualidades, Jonas Vingegaard soube gerir bem o facto de ter passado de plano B da equipa para plano A.
D.Barreira
5:18
Boa tarde Sra Ana Marques, Quanto a Roglic o inicio da queda (Dos anos em que menos impressionado estou com a capacidade, ou falta dela, em subir.  Ano atípico? Seria melhor sair da Jumbo ou ficar na sombra do Jonas?
Ana Paula Marques
5:19
Boa tarde. Efetivamente o Primoz Roglic não se tem dado bem no Tour. E hoje mesmo já há notícias de que ele pode deixar a Jumbo e transferir-se para a Ineos.
Guest
5:19
Acredita mesmo que Vingegaard foi como plano B assumido (internamente) pela equipa ou a TJV terá sido bastante mais pragmática nessa matéria, abordando a corrida etapa a etapa, mentalizando Roglic e Vingegaard que tanto um como outro poderiam ser líderes e teriam de deixar eventuais egos de lado?
Ana Paula Marques
5:21
Boa tarde. Uma equipa que tem mais do que um candidato ao pódio tem de saber gerir com cuidados os egos dos ciclistas. Penso que na Jumbo e pelo estatuto que sempre teve, o Roglic era dado como o plano A, pelo menos para fora da equipa. Lá dentro possivelmente não, porque também saberiam melhor do que ninguém em que condições físicas chegou o Roglic a este Tour. Depois, a queda dos memo logo nos primeiros dias facilitou a hierarquia a partir daí.
Joao
5:23
No ano passado Jonas deixou a impressão de que este ano seria uma hipótese à vitória - que acabou por acontecer. Houve este ano algum cicilista que lhe tenha criado esse tipo de sensações?
Ana Paula Marques
5:24
Boa tarde. Penso que não. Se virmos a classificação do terceiro classificado, é Geraint Thomas, um antigo vencedor do Tour e que neste Tour andou sempre a reboque de Vingegaard e Pogacar.
Pedro
5:24
Seria a equipa da UAE tão mais fraca do que a Jumbo? Na minha opinião em 8 para 8 a questão estaria bastante equilibrada e até com vantagem para o Pogacar, porque toda a equipa estaria a trabalhar para ele, ao contrário do Vingegaard que tinha 2 companheiros (Roglic e Wan Aert) que também tinham outras prioridades. Caso o Vingegaard estivesse na UAE e o Pogacar na Jumbo, com a forma que demonstraram, penso que o vingegaar teria ganho na mesma o tour, concorda?
Ana Paula Marques
5:26
Boa tarde. Nunca saberemos o que valaria o Vingegaard noutra equipa. Mas seja na Jumbo, seja na Emirates, o dinamarquês mostrou ser capaz de vencer em qualquer uma. Também o mesmo se passa com o Pogacar, que nas duas vitórias anterior no Tour nem sempre teve 'equipa'. A qualidade deles só por si já faz muita diferença.
Pedro
5:30
Considera que foi um Pogacar mais fraco do que nos anos anteriores ou manteve a qualidade, mas "apanhou" um vingegaard mais forte?
Ana Paula Marques
5:32
Boa tarde. Pode ter sido um Pogacar mais fraco, mas também um Vingegaard e uma Jumbo mais forte. O Pogacar teve um dia mau, nos Alpes, assumiu que cometeu erros de gestão da etapa, quanto ao esforço físico e alimentação. Se não fosse esse o caso, talvez a história deste Tour teria sido outra. Mas efetivamente o Vingegaard esteve super, ele a a sua equipa.
Rui
5:32
Teria João Almeida funcionado como bom domestique para Pogacar neste Tour?
Ana Paula Marques
5:33
Boa tarde. O João Almeida tem ainda pouca experiência neste tipo de trabalho dentro da equipa, mas seria certamente um bom braço direito na montanha. Já o Rui Costa seria certamente uma grande ajuda. Tem vasta experiência neste tipo de trabalho em prol dos lideres.
Helder
5:41
Boa tarde , um Tour dominado pela Jumbo um bloco muito forte , W.Aert um "absurdo" ataques constantes  obrigou a corrida a ter sempre niveis elevadissimos, o que obrigou a UAE a ficar sempre com 1 ou 2 Homens , Pogacar poderia ter discutido a corrida caso não tivesse execedido em ataques para ganhar excassos segundos . Os proximos anos prometem ... acho que o Wout van Aert pode ser um vencedor de Tour .
Ana Paula Marques
5:45
Boa tarde. Falou no Wout Van Aert. O vencedor por norma é considerado sempre o grande protagonista de uma corrida. Mas para mim sinceramente o homem deste Tour foi o Wout Van Aert. Não só pelas 3 vitórias em etapas, coinco outros lugares no pódio (quatro deles em segundo), a camisola verde, mas pelo que fez nas etapas em ajuda a Vingegaard, Foi ele (!!!) que fez Pogacar deslocar no Hautacam. A Jumbo efetivamente tinha um bloco fenomeal e a Emirates também , mas esta ficou mais cedo privadas de alguns ciclistas devido à Covid. Depois, concordo consigo, quanto aos excessos de Pogacar. O esloveno é um ciclista de ataque, não consegue estar quieto, e pagou caro esses excessos.
Guest
5:45
A EUA terá que se reforçar para o próximo ano ou foi só desprezo pelos adversários?
Ana Paula Marques
5:47
Boa tarde. Não penso que a equipa tivesse descurado o valor dos adversários, ainda que Pogacar pudesse dar-lhe essas garantias, pela forma como venceu os dois Tours anteriores. A Jumbo é que se apresentou mais forte que em anos anterior. Quanto a reforços na Emirates, é capaz de a equipa acertar alguns detalhes tendo em vista reunir uma equipa mais coesa para o Tour.
Guest
5:47
UAE precisa de um Van der Poel ?
Ana Paula Marques
5:47
Boa tarde. Não é só a Emirates. Qual a equipa que não quereria um Wout van Aert como aquele que fez o Tour?
Guest
6:04
Fica a lançada Vuelta , Roglic aponta para lá , Pogacar senão vence porque ele é de vitórias ... e mais Evenepoel . O ciclismo esta com niveis altissimos , claro que pode ser uma oportunide para o João Almeida caso o Pogacar acusa a epoca longa que leva nas pernas .
Ana Paula Marques
6:05
boa tarde. Sim, espera-se que seje uma Vuelta bastante competitiva, pelos nomes que se esperam que estejam na partida.
Paulo
6:05
Contudo ao arrepio desta prática, e ventilado por alguma comunicação social a possível saída de Rui Costa. Rui Costa pela experiência e performance pode ser um gregário de luxo. Qual a sua opinião. Cumprimentos
Ana Paula Marques
6:08
Boa tarde. Sim, a saída do Rui Costa será certa. Vai ser uma grande baixa para a equipa, mas também será um fim de ciclo para o ciclista português. Precisará talvez de mudar de ares, depois de tantos anos na mesma estrutura.
Paulo
6:08
Acho que a UAE reforçou se bem para este ano, no sentido de ajudar pogacar. Chegaram Marc soler, Brandon McNulty por exemplo.
Ana Paula Marques
6:09
Boa tarde. Quando se contrata pensa-se sempre que serão os melhores reforços. Depois na prática nem sempre se confirma. Os nomes em causa têm qualidade, mas os azares também acontecem e a Emirates foi também vítima de alguns.
Guest
6:09
Imagine que era a chefe de uma equipa e tinha Pogacar ou Vingegaar como lideres quais os restantes 7 companheiros que escolhia da seguinte lista: Bennett, Bjerg, Laegen, Majka, Mcnulty, Soler, Trentin, Primoz Roglic,  Wout Van Aert, Sepp Kuss, Steven Kruijswijk, Benoot, Laporte, Van Hooydonk
Ana Paula Marques
6:10
Boa tarde. Assim de repente, Wout van Aert à cabeça, Majka, Kuss, Mcnulty, homens de trabalho
6:11
Por hoje dou por finalizado este fórum, agradecendo desde já a vossa participação. Até uma próxima vez.
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