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Jorge Faustino responde aos leitores sobre a arbitragem na 12.ª jornada
desenvolvido porJotCast
Jorge Faustino
8:58
Boa noite,
Vamos conversar sobre as arbitragens desta 12ª jornada e sobre outras questões de arbitragem que eu possa esclarecer.
Joel Pereira
9:01
Artur Soares dias diz que há 2 pênaltis por marcar e 2 expulsões contra o Braga o que tem a dizer?
Jorge Faustino
9:06
Boa noite caro Joel,
O Artur Soares Dias, o árbitro, fez essa afirmação? Consegue dizer-me onde para que eu possa verificar.
Seja como for, relativamente ao jogo em causa a minha análise sobre os dois lances polémicos de área são:
7' - Rolando tocou com o braço esquerdo nas costas de Feddal quando este saltava para tentar cabecear uma bola que passou por cima de si. É um lance discutível e de avaliação de intensidade. Havendo argumentos válidos para as duas decisões (marcar penálti ou não marcar) dou o benefício da dúvida à decisão que o árbitro tomou em campo. De notar que, por essa mesma razão, não é lance de intervenção VAR.
9:08
45’ - Raúl Silva rasteirou, de forma involuntária, Tiago Tomás provocando a sua queda. A bola já estava em jogo e o jogador do Sporting movimentava-se para tentar abrir linha de passe. O central do Braga, na sua movimentação, não teve o cuidado de evitar um contato que teve uma consequência: queda de Tiago Tomás. Lance difícil de observar em campo onde o VAR poderia ter ajudado.
José Figueiredo
9:30
Boa noite! Se, como refere, o VAR não deveria ter intervido no lance do Rolando porque se trata de uma questão de intensidade, porque é que o VAR interviu no lance do Zaidu com o Pote nos Sporting-Porto?
Jorge Faustino
9:33
Boa noite caro José,
A intervenção no lance que refere foi, a meu ver, errada. Recupero abaixo aquela que foi a minha análise à data sobre essa situação:
Existiu um contato do braço de Zaidu nas costas de Pedro Gonçalves. Também parece ter existido um ligeiro contacto na zona do pé/pernas do jogador do Sporting. Em ambos, a questão da intensidade e da causalidade entre o contacto e a queda são subjetivos. Existem argumentos válidos para defender ou rebater qualquer que fosse a decisão pelo que, neste contexto e com estas dúvidas, sou de opinião que a decisão final do árbitro merece o benefício da dúvida.
Os mesmos argumentos que me fazem dar este benefício da dúvida à decisão final servem para, no meu entender, justificar que este lance não seria para intervenção do videoárbitro. À luz do protocolo, o VAR deve apenas intervir em lances de erro claro e óbvio. E a única certeza que podemos ter sobre este lance, é que não é de todo clara e óbvia qual a decisão acertada a tomar.
José Santos
9:43
Boa Noite, agradecia que me informasse o que é a questão da intensidade, e como a mesma é medida.
Jorge Faustino
9:50
Boa noite caro José,
A impossibilidade de responder claramente a essa questão é o que gera tanta discussão à volta de muitas das decisões dos árbitros.
Existem situações em que é difícil avaliar se a intensidade de determinado contato é suficiente para ter real impacto na ação de um jogador adversário.
Se um jogador só caísse quando fosse empurrado para tal ao invés de tantas vezes se atirar quando é apenas tocado (sem qualquer intensidade) seria mais fácil para árbitros e adeptos distinguir e avaliar a intensidade das cargas e a sua legalidade ou ilegalidade.
Como as coisas não são assim tão lineares, cabe aos árbitros em campo tentar discernir se determinada queda ou desequilíbrio surgiu de uma carga com intensidade real para isso (falta) ou se a intensidade não foi para isso e é apenas o jogador a tentar ganhar uma falta.
Guest
9:50
Hoje no Benfica Santa Clara existe uma mão na bola aos 36 min como é possível o var não alertar para ir ver pelo menos
Jorge Faustino
9:54
Boa noite caro leitor,
O lance de hoje é um exemplo de que podem existir contatos entre bola e mão que não configuram infração.
Rafa efetuou cruzamento a curta distância de Fábio Cardoso. A bola foi na direção do braço direito do defesa que o tinha ligeiramente afastado do corpo, mas em posição natural para a forma como corria e sem tempo para evitar o contato. Assim, não existiu infração. Foi uma boa decisão do árbitro em campo.
Guest
9:54
Boa noite. O Jorge fala constantemente em intensidades, que no futebol nem sequer deveriam existir, se há contacto e provoca desequilíbrio é falta. Ou há
Jorge Faustino
10:04
Boa noite caro leitor,
Não é tão simples como o caro leitor está a afirmar.
Existem cargas legais (ex: ombro com combro) que podem criar algum desequilíbrio e não são falta caso sejam na disputa da bola.
Também existem cargas que aparentemente são legais (ombro com ombro) mas que se forem feitas com força excessiva para a situação em causa, passam a ser falta.
Como pode ver, numa mesma situação (ombro com ombro) o árbitro tem de avaliar a "intensidade" da carga para definir se há falta ou não.
Outra situação é por exemplo quando estamos a falar de contatos que provocam desequilíbrios em disputas de bolas aéreas. Aqui também existem vários fatores a ter em conta para além da "intensidade" da carga (jogador já está no ar ou não? contato dá-se em que parte dia corpo? entre outras).
Portanto, e indo à sua questão, uma carga que seja feita não na disputa da bola e que provoque desequilibro de um adversário é, normalmente falta. Mas, reforço, não podemos carimbar esta afirmação como verdadeira para todos os lances.
10:07
Obrigado pelas questões colocadas. Boa semana.
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