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Pergunte o que quiser a Marco Ferreira sobre a arbitragem da jornada
desenvolvido porJotCast
Pedro
1:59
Boa tarde. Tenho saudades de ver um árbitro com a sua categoria na 1 liga. Sempre gostei muito das suas arbitragens. Fico contente que continue ligado à arbitragem.
Marco Ferreira
2:03
Boa tarde Pedro, agradeço as suas palavras, a minha ligação à arbitragem limita-se neste momento em comentar no Jornal Record. Esta minha decisão respeita todo o meu percurso na arbitragem e, por esse motivo, exclui todos os convites formulados por alguns clubes. Nunca abdicarei dos meus princípios nem da minha liberdade. O Record dá-me essa liberdade.
MarcVerdão
2:03
Boa tarde, Marco Ferreira.
Ontem o seu colega Faustino optou por não responder, pelo que espero que consiga.
Dado que todo o investimento realizado no sector falhou em melhorar a credibilidade da arbitragem sendo evidentes as miseráveis prestações cuja desigualdade de critérios é cada vez mais evidente chegando-se ao ponto de se desrespeitar o protocolo do VAR e, portanto, das regras instituídas, não terá chegado finalmente a hora de testar uma nova solução que pacifique o futebol português? Não seria a introdução gradual de árbitros estrangeiros nos jogos mais importantes, nomeadamente dos clubes em lugares europeus, uma forma de dar um sinal de transparência, credibilidade e até de esperança aos adeptos que se sentem ano após ano prejudicados? Porque é que existe tanta resistência em manter um status quo que não beneficia o futebol, afasta os adeptos e aumenta a desconfiança? Porque tanto receio em mudar? Se introduzimos jogadores e técnicos para aumentar a qualidade do futebol, porque não árbitros também?
Marco Ferreira
2:11
Boa tarde, agradeço a sua questão que me parece pertinente. Vamos a factos, nos principais campeonatos europeus não existe o recurso a Árbitros estrangeiros e temos verificado erros graves a nível de arbitragem. A forma como a sociedade desportiva aborda esses erros é a grande diferença em relação à nossa realidade. O Futebol Português deixou de ser disputado exclusivamente dentro do terreno de jogo, essa pressão sobre toda a estrutura do futebol abre caminho aos próprios jogadores de utilizarem estratégias ilegais porque sabem que nunca faltará o apoio da seu clube e dos seus adeptos. Uma simulação na área é aplaudida quando o Árbitro é enganado, em alguns campeonatos europeus esse jogadores são assobiados. Falta cultura desportiva em Portugal para defender o fair play. O protocolo do var foi respeitado, em abril deste ano o IFAB decidiu que em lances subjetivos e de varias interpretações o Árbitro deve rever a decisão através do monitor. Essa adenda faz parte das leis de jogo 2020/21
MÁRIO DA SILVA JESUS
2:11
Boa tarde, Senhor Marco Ferreira. Justifica-se a enorme polémica em redor do VAR, pela decisão que este tomou, no lance do penalti contra o FC Porto e a expulsão do defesa do FC Porto, no jogo da 4.ª Jornada da I Liga NOS, Sporting CP-FC Porto. Será, que esteve bem, nesse lance? Será, que este VAR, tomaria a mesma decisão, no Estádio do Dragão ou mesmo no Estádio da Luz. Contudo acho a nossa arbitragem anda mal. Ou não? Os meus cumprimentos.
Marco Ferreira
2:18
Boa tarde Mário Jesus, as pessoas esquecem que o Árbitro assinalou penalti na sua primeira decisão, caindo por terra a conspiração que tinha intenção de prejudicar o Sporting em detrimento do Porto. Realço a coragem do Árbitro em reverter a sua própria decisão após visionar as imagens, ele admitiu perante todos que num clássico errou em tomar uma decisão iludido pela queda do jogador. Será isso falta de coragem?! Será masoquismo da sua parte, assinalar só para ter oportunidade de reverter?! Enfim... Em abril deste ano o IFAB decidiu que em lances subjetivos e com varias interpretações o Árbitro deve rever a sua decisão através do monitor, realço também que qualquer elemento da equipa de arbitragem pode sugerir ao Árbitro a revisão de qualquer lance, não é exclusivo do Var. Na minha opinião a utilização do Var para reverter uma decisão e repor a verdade desportiva é mais importante que a dúvida levantada sobre o cumprimento ou não do protocolo. A ferramenta ainda é nova e está sujeita a modificações
Joao
2:18
Nao querendo entrar em grandes discussões, qual é a sua opiniao do "penalti" no Sporting vs Porto?
Marco Ferreira
2:27
Boa tarde João, sinceramente admito que em imagem corrida aceito a decisão inicial do Árbitro em assinalar. Caso não existisse Var teria sido um pontapé de penalti que levantaria muitas dúvidas e teria sempre opiniões diferentes. Com a existência do Var, não podemos ignorar essas dúvidas limitando-se a dizer que o protocolo não permite (que não é a realidade atual) e não permitir que o próprio Árbitro tenha acesso às imagens. Realço que o Var não existe para tomar decisões finais, cabe sempre ao Árbitro ter a ultima palavra. O Futebol é um desporto de contactos e o contacto não implica existir infração. Em teoria o Árbitro quando tem dúvidas nunca deve assinalar, isso não se aplica só nos foras de jogo onde todos afirmam que deve beneficiar a equipa que ataca, nada mais incorreto, existindo dúvidas não se deve interromper/assinalar. Neste caso e, existindo as dúvidas que todos concordam, o Árbitro reverteu a decisão corretamente cumprindo o protocolo com as alterações recentes
João
2:27
Bom dia Marco, parabéns pela sua autonomia e não seguir o polémico Duarte Gomes.
No Pênalti do Sporting foi unânime entre os comentadores de arbitragem não existir motivo para pênalti e a decisão final foi correta, logo é claro e óbvio que não é pênalti. Quanto a mim parece-me que o VAR esteve bem e fez com que a verdade desportiva fosse salvaguardada concorda?
Marco Ferreira
2:35
Bom dia João, as minhas análises são feitas em tempo real e são enviadas no mesmo instante que o jogo termina. Não aguardo programas televisivos, não oiço as opiniões de outras pessoas nem troco qualquer mensagem com nenhum dos ex árbitros nem árbitros no ativo. Não sou contra ninguém, simplesmente analiso com base na minha experiência e no conhecimento das leis de jogo. Não quero ser um "influencer" da arbitragem, até porque acho que devemos manter o recato numa atividade tão sensível. É claro que todos nós erramos, ninguém é perfeito. A decisão inicial tomada em campo foi precipitada, qualquer elemento da equipa de arbitragem pode aconselhar o Árbitro a rever no monitor, não é responsabilidade exclusiva do VAR, e quando é o próprio Árbitro a reverter a sua decisão inicial, não entendo o motivo de tanta polémica com o VAR ou o protocolo.
José Diabo
2:35
Boa tarde, só gostaria de perguntar o que se passou com as linhas de fora de jogo no jogo do Benfica? Será que era a relva que estava mal cortada? A segunda questão: Porque os árbitros permitem todos a agressividade excessiva dos jogadores do Porto?
Marco Ferreira
2:42
Boa tarde José, eu estou convencido que terá sido uma ilusão de ótica, mas realmente dá que pensar quantas vezes analisamos foras de jogo, ainda sem o VAR e as respetivas linhas, e possivelmente as decisões eram acertadas ou aquelas que não deixavam duvidas do acerto e estavam erradas. Uma certeza eu tenho, as linhas do VAR são as mais confiáveis que existem num jogo de futebol. O corte da relva não é controlado pela LIGA por isso pode existir falhas. Ainda esta época o Mourinho detetou uma baliza sem as medidas regulamentares. Os árbitros fazem a vistoria ao relvado mas não de forma rigorosa porque partem do principio que tudo está validado.
MarcVerdão
2:42
Obrigado pela resposta. Nos vários campeonatos europeus erra-se em prol de todos, por cá existe uma tendência clara em prol dos mais poderosos, o que faz toda a diferença. O facto de existir uma grande pressão sobre toda a estrutura do futebol é mais uma razão para a necessidade de árbitros estrangeiros independentes, seja pela distância fisica que se encontram, seja por não dependerem de avaliações e nomeações locais, estão mais imunes a essa pressão. Logicamente obteriam melhores resultados, errando sim mas naturalmente e não em prol de quem exerce mais ou menos pressão.
Quanto ao lance, discordo absolutamente que uma mão no ombro (o que estava lá a fazer a mão se não é nenhum movimento natural?) e mais dois toques por detrás dados em corrida seja considerado subjectivo. Não pode, é desculpabilizar os árbitros. A existência de falta é clara e bem objectiva, a única dúvida é a quantidade delas cometidas (1, 2 ou 3?) e isso não pode ser motivo de quebra do protocolo, pode rever o IFAB.
Cpts.
Marco Ferreira
2:53
Boa tarde, tenho a certeza que nem todas as pessoas vêm todos os jogos da liga principal, mas de certeza que, quem gosta de futebol, normalmente vê no mínimo a sua equipa que, normalmente, será um dos três grandes. Essa atitude limita sempre a opinião de quem é prejudicado ou beneficiado porque não existe só os chamados grandes. A tendência que fala em beneficiar/prejudicar é sempre na ótica do adepto e logicamente pela respetiva preferencia clubistica. Os Árbitros estão habituados à pressão quando têm de decidir porque sabem que estão sempre sujeitos ao erro. A pressão extra jogo é que passou a ser uma nova realidade que obrigou os Árbitros a viverem quase no anonimato na vida social. Acha que devido a essa pressão "extra" devemos mudar as nomeações para árbitros estrangeiros ou devemos lutar todos para acabar com as pressões anormais que os clubes cada vez mais apostam?! Em jeito de brincadeira, sempre que alguém coloca gelo nas bebidas alcoólicas ficam embriagados e a conclusão que chegam é eliminar o gelo
Luís
2:53
Boa tarde Marco. Gostava de um esclarecimento sobre um lance extremamente arrepiante mas que não se passou no nosso campeonato, mas sim no campeonato inglês. No Everton-Liverpool, a entrada «assassina» do guarda-redes do Everton, Pickford, sobre o Virgil van Dijk, em que o árbitro primeiro assinalou penalty mas que veio a reverter por indicação de fora de jogo do van Dijk segundo indicação do VAR, se, apesar disso, o guarda-redes não poderia (e devia!) ter sido expulso na mesma? Ou a invalidação do lance por parte do VAR impossibilitou essa admoestação com vermelho direto ao guarda-redes? Desde já, obrigado
Marco Ferreira
2:59
Boa tarde Luís, infelizmente não tive oportunidade de ver esse lance mas, com base nas leis de jogo, a reversão da decisão técnica não anula uma punição disciplinar. A exceção é um cartão por destruir uma clara oportunidade de golo que, ao reverter a decisão técnica, anula também a punição disciplinar porque não existindo infração não existe a destruição de uma oportunidade de golo. Nas situações onde as infrações são negligentes e/ou entradas grosseiras a punição disciplinar não é anulada quando a punição técnica é revertida. Nesse caso em concreto se a entrada foi negligente o Árbitro devia advertir e caso fosse uma entrada grosseira deveria ser expulso independentemente da reversão para fora de jogo.
3:00
Caros leitores, agradeço a vossa participação. Estaremos de volta na próxima terça às 14h. Saudações Desportivas
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