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Supremacia inglesa
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Record
4:21
Boa tarde a todos. Chamo-me Filipe Balreira e estarei, a partir de agora, disponível para responder às vossas questões sobre uma semana europeia marcante que definiu uma final da Champions totalmente inglesa. Além disso, antevemos as meias-finais da Liga Europa, que podem resultar igualmente numa decisão só com formações de Inglaterra.
1foot
4:37
Este ano é possível observar uma diferença acentuada nas prestações das equipas inglesas. Até que ponto o aumento da competitividade interna (fruto da distribuição dos direitos televisivos) influencia estas prestações?
Record
4:42
A questão dos direitos televisivos é importante pois acaba por dar uma vantagem aos clubes ingleses a nível financeiro e eles aí geram como quiserem o dinheiro para reforçar o plantel. Mas as equipas inglesas que melhor tem estado no mercado são as que têm resultados mais à vista. Isso e os projetos de continuidade. Tottenham e Liverpool chegam à final da Champions com técnicos que ainda não venceram, mas permanecem há mais de quatro anos no cargo. Isso é um aspeto importante para o sucesso das equipas. Além disso, o futebol inglês parece estar a mudar o paradigma do jogo. Conseguimos várias equipas (City, Liverpool, Tottenham, Chelsea...) com o futebol diferente e a apostar em jovens jogadores. Inglaterra tem trabalhado muito bem as camadas jovens nos últimos anos e os resultados estão à vista.
Tiago
4:42
Boa tarde, certamente concorda com a opinião de que a situação financeira dos clubes ingleses são um dos principais motivos para uma final inglesa, pois permite ter planteis sólidos e os melhores treinadores. O que podem fazer os outros países para contrariarem este domínio?
Record
4:49
Sem dúvida que a situação financeira em Inglaterra permite que existam várias equipas de topo com plantéis sólidos, mas não acaba por ser o único motivo pela superioridade inglesa nas edições desta época das provas UEFA. Se virmos bem, existem equipas teoricamente mais fortes que as inglesas, tais como a Juventus, o Real Madrid, o Barcelona ou até o PSG e o Bayern, mas estes projetos não conseguiram vingar este ano. Isso tem muito a ver com a qualidade das equipas. Para haver maior competitividade nas provas europeias, tem que necessariamente existir ligas europeias competitivas, o que tem vindo a ser cada vez mais uma raridade nas últimas épocas. Ainda assim, a questão financeira é importante, mas não fundamental. Veja-se o exemplo do Ajax que, com um plantel com menor valor de mercado, conseguiu superiorizar-se e jogar melhor que o Real Madrid e a Juventus.
MJFA
4:50
A Espanha também já teve os 4 finalista (liga dos campeões e liga europa)?
Record
4:54
Não. A nível de equipas espanholas, o mais perto que estivemos de ver essa situação foi em 2014 e 2016, mas faltou sempre uma equipa espanhola para completar o lote de quatro. Em 2014, a final da Champions opôs Real Madrid e Atlético Madrid, no Estádio da Luz, enquanto a final da Liga Europa foi disputada entre o Sevilha e curiosamente Benfica. Já em 2016, a Champions voltou a ter na final um Real-Atlético, mas no San Siro, ao passo que a decisão na Liga Europa foi entre o Sevilha e o Liverpool, precisamente treinador por Jürgen Klopp.
Flávio
4:54
Harry Kane vai jogar a final ?
Record
4:59
Ao que tudo indica, Harry Kane deverá estar apto para disputar a final. O próprio jogador assumiu ontem isso, mas claro que não é certa a recuperação total. Após eliminarem o Ajax, Kane garantiu que já está a fazer treino de corrida e que a recuperação na lesão nos ligamentos está a evoluir de forma positiva. Até brincou com o facto de conseguir fazer um bom sprint para ir festejar com os colegas. Pochettino também admitiu após o encontro que Kane poderá recuperar a tempo da final.
Diogo Cão
5:00
Nas últimas 5 edições da Champions League vimos o Real Madrid ganhar 4. Num espaço de dois dias vimos duas das reviravoltas mais épicas na Champions. E já se diz que nos próximos anos os 4 finalistas serão, sem qualquer dúvida, equipas inglesas... Será o fim da era hegemónica dos espanhóis?
Record
5:06
Perspetiva-se um futuro positivo para as equipas inglesas, pois mostram qualidade e têm jogadores jovens que ainda podem evoluir nos anos que se avizinham. Ainda assim, pode ser precipitado apostar que, a partir de agora, as provas europeias serão dominadas por equipas inglesas. A seleção inglesa tem estado bem, tal como as equipas, mas existem tubarões europeus com plantéis recheados de bons jogadores e que muito certamente irão apostar forte nas próximas edições da Champions. PSG, Juventus e Manchester City decerto irão apostar forte pelo título que lhes tem faltado. Já em relação às equipas espanholas, pode-se admitir que tem havido uma má construção dos plantéis. Esse aspeto tem sido criticado no Real Madrid e no Barcelona. Há alguns jogadores das duas equipas que estão a ficar envelhecidos. Mas o Barça parece querer rejuvenescer o plantel e com qualidade - veja-se o exemplo de Frenkie de Jong - e o Real conta com Zidane a querer reestruturar a equipa merengue.
Flávio
5:06
Acha que o Mauricio Pochettino faz milagres com um plantel curto ?
Record
5:11
Pochettino tem sem dúvida muito mérito no trajeto da equipa. Há quase duas épocas que o Tottenham não contrata e, mesmo assim, o técnico argentino tem conseguido construir plantéis competitivos. Do onze base dos spurs, só Lloris (32), Vertonghen (32) e Alderweireld (30) têm mais de 30 anos, o que mostra bem a aposta feita por Pochettino. E veja-se que o trajeto dos spurs na Champions não foi fácil: na fase de grupos, tiveram Barça, Inter e PSV pelo caminho; nos oitavos-de-final, bateram o Dortmund por um agregado de 4-0; nos 'quartos' eliminaram um City bem favorito e nas meias-finais conseguiram arrumar o Ajax, após entrarem na 2ª parte da 2ª mão com uma desvantagem de três golos. Há claro mérito do treinador.
Flávio
5:11
Numa possível final inglesa na Liga Europa, é 50-50 ?
Record
5:16
Eu creio que sim. Não tanto pela típica frase de que nas finais é 50/50 e não há favoritos, mas mais pelo facto de que os encontros entre Liverpool e Tottenham desta época foram bastante equilibrados. Terminaram ambos 2-1 para os reds, mas toda a gente se lembra do encontro em Liverpool, onde Alderweireld fez um auto-golo a terminar o período de compensação. No global, o Liverpool tem melhor equipa que o Tottenham, mas a formação de Pochettino já mostrou que consegue anular bem ataques fortes como o Dortmund ou o Manchester City. Considero é que não será um jogo fechado.
5:25
Chega então a altura de terminar a discussão, mas deixamos um agradecimento pelas questões colocadas e o resto de um bom dia.
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